Mais uma vez, estamos no topo do pior ranking que uma civilização possa estar. Somos vice-líderes nacionais no quesito mortes matadas dentre todos os estados de um país que é um dos mais violentos do planeta. O Ceará produz corpos como poucos, uma média de 9 por dia em 2024, para uma população de cerca de 9 milhões de habitantes. Ou seja, somos 4,3% da população brasileira e produzimos 8,6% dos cadáveres do Brasil, quase todos de jovens alistados em alguma facção criminosa e eliminados na guerra por territórios ocupados na Faixa de Gaza do nordeste do Brasil.
Por muito pouco, não ficamos no primeiro lugar que nos foi “roubado” por Pernambuco, também tomado pela bala e pela faca. Segundo o Ministério da Justiça, sob o critério de homicídios por 100/mil habitantes, a definição do primeiro lugar precisou do photo finish entre Pernambuco, com um índice de 35,66, e Ceará, com 35,44.
A produção de corpos pela trinca nordestina da morte, composta por Pernambuco, Ceará e Bahia, colocou os índices nacionais de violência nas alturas e explicitou, mais uma vez, que existem dois níveis civilizatórios bem distintos no Brasil: o sul/sudeste e o norte/nordeste. Um abismo separa essas duas realidades sociais, apontam os indicadores. Quando o assunto é violência e pobreza, o Ceará sempre se agiganta no quadro nacional, tudo em face de políticas públicas esclerosadas que, junto com uma gestão medíocre, converteram a terra da luz em terra do medo.
Enquanto o estado é tomado pelo crime, o primeiro comandante do Ceará gasta milhões em propagandas enganosas tentando convencer os esquálidos de cidadania, que votam neste pedaço do Brasil, que estamos quatro vezes mais fortes, tentando com isso pavimentar sua reeleição. Sempre bom rememorar que a Sartolândia apresentada exaustivamente na TV não foi capaz de levar o alcaide sequer ao segundo turno e que o motor Lula, já manjado, cansado, doente e impopular, pode não ser capaz de impulsionar seus súditos nas urnas. Sendo assim, melhor mesmo ao Elmano é entregar resultados concretos na melhoria da qualidade de vida do povo. Caso contrário, se juntará ao já esquecido Sarto, que sequer se defende das acusações de prodigalidade com o erário de sua lamentável gestão.
Como disse o banqueiro pernambucano para o estagiário puxa-saco: “Cuida do teu serviço não, visse!”…