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TURISMO: RIP – Rest in Peace

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13 anos de descalabro, esquemas, desvios, vaidades e arrogância, tudo isso embrulhado em péssimas gestões, foi gravado neste fim-de-ano na lápide da administração pública estadual. O Turismo foi preso pela Polícia Federal, com genro e tudo, causando revolta e perplexidade quanto ao tamanho da irresponsabilidade de quem patrocina esse submundo todo. Da Casa Civil para a Casa da Mãe Joana (SETUR), lá se vão 13 anos de esgoto a céu aberto, hoje embarreirado pela Federal. Todos sabiam, todos comentavam, mas ninguém provava nem conseguia investigar. Inacreditável, o Turismo do Ceará agora está nas páginas policiais. Crueldade demais com um Estado miserável de pobre como o nosso. Arruinaram premeditadamente com o setor mais promissor da nossa economia. Tudo por um punhado de dinheiro.

Antes da pandemia, a única utopia era o HUB Aéreo. Nada mais o governo do estado tinha para tentar mostrar como feito relevante no Turismo. Os números que os agregados turísticos revelavam já eram péssimos. Nossa perda de competitividade junto aos mercados emissores de turistas já gritava no deserto dos incautos. Nossa marca indelével de “Terra da Luz” migrou para outra vexatória e desabonadora: “Terra da Violência”, campeã Nacional de mortes na Pandemia. Nossa alegria, nossos humoristas e nossos artistas estão tristes, sem trabalho e sem renda. O Ceará está doente e sem forças para restabelecer sua economia, hoje já socialista.

Culpados, responsáveis? Não, não são os presos ou investigados nos muitos malfeitos sob exame, mas sim quem os colocou em posições tão importantes no governo.  As conexões são tão perigosas que, mesmo após a Polícia Federal levar o Turismo, o responsável pelas designações ainda o mantém no cargo. Per si, caberia outra investigação sobre a amplitude dos vínculos. Quem e porque manteria no cargo um “auxiliar” com esse nível de octanagem? Isso escancara os ocultos dos homens que nos desgovernam e lançam o Ceará nas trevas de pobreza e da ignorância.

As ruinas do Aquário, o tatuzão, o hospital de campanha do PV, os respiradores superfaturados e os escombros da Ponte Metálica eram, até então, os únicos símbolos do aterro sanitário moral e ético que marca esses governos. A operação da PF, quase uma década depois das denúncias, tentando punir quem aumentava custos de créditos consignados direcionados a servidores públicos serviu para eclodir a revolta e acordar a torcida que assiste o próprio VAR roubar em desfavor do time mais pobre.

Analistas de cena econômica do Ceará foram feitos de bobos, para ser ameno. Enquanto tentava-se produzir reflexões e ajustes na equivocada agenda de desenvolvimento econômico do Estado, os homens chapa-branca queriam mesmo era que o “mar pegasse fogo para comer peixe assado”. O desprezo e deboche diante de elevados interesses sociais de reduzir nossa crônica pobreza e atraso intelectual era o que presidia e preside condutas e comportamentos públicos. O “Quero que pobre se exploda”, imortalizado por nosso Chico Anysio no personagem Justo Veríssimo, veio à tona como um tsunami na cena política-administrativa do Estado do Ceará.

Thomaz Pompeu e Alberto Nepomuceno, responsáveis por letra e música do Hino do nosso Estado do Ceará devem estar escandalizados com esse Estado das Coisas. À proa, da Jangada afoita, não estão heróis e marinheiros que levam no peito corações guerreiros, mas sim alguns Piratas que estão nos levando para ilha de Tortuga, no Caribe, para comercializar o futuro dos nossos filhos e netas.

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