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FORTALEZA X SALVADOR: O PLACAR NO TURISMO

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Se no futebol o Fortaleza se destaca nacional e regionalmente, impondo respeito diante de times grandes, quando o assunto é Turismo, o desempenho da cidade de Fortaleza se mostra bem modesto diante das outras capitais nordestinas. Neste caso, o fato de ser a mais populosa capital do Nordeste e possuir o maior PIB nominal da região não significa qualquer vantagem na preferência dos turistas nacionais e internacionais. Analisando os números do fluxo turístico pelo modal aéreo, divulgados pelas gestoras dos aeroportos de Salvador, a VINCI Airport, e de Fortaleza, a FRAPORT/Frankfurt Airport, temos que a capital baiana também mantém números de embarques e desembarques bem superiores aos da capital cearense.

Ano passado, até novembro, Salvador contabilizou o total de 6.586.101 passageiros, enquanto Fortaleza marcou 5.073.525. Perto de 1,5 milhão a mais de movimentação aeroportuária, reforçando o diagnóstico de que Fortaleza, outrora líder desse “Nordestão”, agora amarga a terceira divisão do Turismo Nordestino, considerando que Recife está bem a frente de Salvador. Quanto aos voos internacionais para os dois aeroportos, o da Bahia girou 268.324 passageiros, enquanto o de Fortaleza girou 264.498.
Enquanto o aeroporto de Salvador consegue um modesto crescimento de 0.6% no comparativo a 2022, o de Fortaleza sofre uma queda de 3% no mesmo período.

Os números revelam que as coisas não andam nada bem para Fortaleza, que assiste, inerte, a degradação do conjunto de seus agregados turísticos, tornando nossa capital um entrave ao crescimento desse setor em todo o Estado, afinal é nosso principal portão de entrada de visitantes.

Sem políticas públicas capazes de reverter esse quadro de perda de protagonismo no contexto turístico da região e submetida a uma gestão pífia que ignora as melhores práticas globais de estruturação de destinos turísticos, não será surpreendentemente se Maceió–AL também superar, nos próximos anos, os números da Terra da Luz. Então estaremos rebaixados para a Série D do “Nordestão”, onde vamos disputar com João Pessoa, Natal, São Luiz, etc. Um vexame impensável. Dentre os efeitos mais perversos dessa situação toda está o fechamento de hotéis na beira-mar de Fortaleza. Sem hotéis e sem turistas circulando, o que será daqueles cearenses que vivem da feirinha e do comércio ambulante da orla? Neste caso, nosso PIB per capita (geração de renda ÷ população), que é sofrível, estaria ainda mais comprometido e produzindo mais exclusão social. Outra vítima da atual onda de “turismicídio” que assola nossa capital e merece ser lembrada, pela importância que teve em passado recentemente, é a então Monsenhor Tabosa e suas vigorosas lojas que tinham nos turistas seus principais clientes. Passar hoje na Monsenhor Tabosa é uma tristeza só.

O curioso é que, diferentemente do futebol, onde a torcida já teria “botado para correr” toda a diretoria, a começar pelo técnico, o que se assiste é a tentativa dos responsáveis por esse rebaixamento todo de renovarem seus contratos/mandatos por mais quatro anos. E as chances são reais, para o desespero do futuro dos nossos filhos.

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