CRIME: ELMANO NÃO É BUKELE

Nayib Bukele é o presidente de El Salvador que conseguiu trazer a paz e a tranquilidade para a população e o inferno em forma de jaula para os assassinos e traficantes que tinham transformado aquele pequeno país da América Central no império das facções. Já o Elmano de Freitas é o petista eleito para governar o Ceará, um pedaço do Brasil que tem um povo maravilhoso, mas que assiste sua bela terra se converter em um narco-estado, dominado pelas facções que estabelecem regras e ampliaram seus tentáculos econômicos e políticos. Sim, a política também já foi contaminada pelo virus do crime.

Se, na hierarquia das prioridades do povo cearense capturadas pelas variadas pesquisas de opinião, a insegurança pública ocupa as primeiras posições, qual a razão de Elmano desperdiçar dinheiro público para ir a Dubai, China, Europa, etc. tentar atrair investidores e não visitar países e regiões que conseguiram dominar o dragão da violência? Será que o Elmano acha que algum mega investidor elegerá o Ceará como base de suas operações no Brasil diante desse descalabro apontado pelos indicadores de violência?

Elmano não estar vendo, muito menos entendendo, que até os provedores de Internet estão fartos do carnaval da insegurança cearense e que em ambiente violento não tem negócios importantes se instalando? Até a ENEL, a maior empresa cearense sob o critério de faturamento no Estado, topa abandonar e vender sua operação, caso apareça algum comprador disposto a pagar o valuation e correr o risco político, jurídico e regulatório de atuar em um mercado que até fios são roubados dos postes.

Elmano deveria reciclar suas convicções e vestir a roupa de um efetivo governador de um Estado que clama por um enfrentamento competente dessa pandemia da violência, iniciada desde os tempos em que um governador ensandecido tentou passar com um trator sobre políciais e recebeu dois balaços, episódio juridicamente ignorado e esquecido, até hoje, pelo tratorista e pelos tratorados. Ficou por isso mesmo, a bem das conveniências de um Estado criminógeno. O governador deveria exercitar sua humildade, reconhecer o drama cearense, e visitar e conhecer países e regiões que enfrentaram o crime de forma séria e técnica, neutralizando criminosos e empoderando os prazerosos.

Neste sentido, caso o Elmano aceite a proposta de, ao contrário de tentar pregar no deserto arábico tentando convencer investidores internacionais a olharem para o violento Ceará, visitar cases como El Salvador, Colômbia, etc., no sentido de conhecer as políticas públicas lá adotadas e que resultaram na paz e prosperidade dos seus habitantes, estamos prontos para custear as diárias e os voos do governador, em classe econômica, desde que essas boas práticas de gestão sejam implementadas na integra pelo governo do estado do Ceará. Esse sim, seria um excelente negócio a ser atraído por ele sem custos para o erário, sob a ótica da equação investimento X retorno social. Resta saber se ele topa bater um papo em São Salvador com o Bukele. Vejam bem, em São Salvador e não em Salvador, outra capital nordestina tomada pelas facções.