Absurdo inominável o que fizeram com a Professora Izolda. Alguns afirmam que chegar a presidência da república é destino e não estratégias eleitorais bem elaboradas. Chegar a Governar um Estado também pode ser. No caso da Izolda, essa claque desnecessária de áulicos especializados em reverenciar qualquer um que chega ao poder está, por absoluta sanha de bajular, constrangendo a Governadora.
Pegar carona no inedidismo de uma Governadora que vai ficar, a priori, por nove meses e esperar feitos relevantes dela é algo mais que reprovável. Não é por ser mulher que se consegue produzir nada significativo em nove meses, com ressalva destacada da maternidade própria do sexo feminino. Isso sim é algo esplêndido. Esperar que ela dê um cavalo de pau na administração pública estadual é sonho de feministas e “machistas”. Izolda herda a equipe de Camilo que, esgotada e desarticulada, estará totalmente distraída com as eleições de outubro. Dela depende o futuro de todos eles. A propósito, quantas Secretárias compõem a equipe deixada por Camilo além da Fernanda da SEFAZ e a exímia, recém designada por Izolda, ex-primeira dama Onélia Santana. Até agora o ato mais relevante de Izolda foi arrumar emprego para esposa de Camilo, revelando que possui o mesmissimo DNA do mecanismo que faz parte. Para evitar injustiça releva registrar outro grande ato administrativo de Izolda: liberar o uso de máscaras. Somos um dos últimos Estados a fazê-lo.
As entregas de Izolda, a professora gente boa, não têm como ser espetaculares. Izolda e seu marido sao peças que fazem parte, desde sempre, da engrenagem dos oligarcas. Vai cumprir direitinho seu papel de aterrisar e taxiar a gestão Camilo, a qual foi um completo vexame administrativo e uma tragédia social. O conclave dos oligarcas vai decidir o destino dela ao longo dos próximos 30 ou 60 dias. Se for ela a candidata, estará mergulhada na campanha e não nesta velha e pífia gestão. Se não for ficará disciplinadamente juntando os cacos sociais e tentando eleger o ungido. Se a oposição ganhar caberá a Izolda a difícil e solitária tarefa de entregar o cargo ao vencedor. Neste ato estará praticamente sozinha. Os “amigos” de hoje estarão tratando de construir canais com o eleito. Lamentavelmente é assim que funcionam aqueles que sabem dançar com as cadeiras.
Contudo, temos que concordar que Izolda pode romper com a péssima imagem do passado de inedidismo de mulheres em cargos de comando no executivo. Maria Luiza Fontenele, a primeira mulher prefeita de Fortaleza foi um furação que arrasou nossa Capital. Foi protagonista de um espetáculo de incompetência gestorial. Dilma, a Presidenta, foi um terremoto seguido de tsunami que arruinou a nação e acabou impichada. Luiziane Lins foi uma mistura de Dilma com Maria Luiza Fontenele: ou seja, as mulheres estão devendo postura e performance, notadamente aqui no Ceará.
Izolda certamente sabe que tem coisas na vida que não vale a pena. Ela não não vai quebrar os ovos. E sem isso não se faz omeletes. No passado teve um vice completamente carta fora do baralho que embaralhou tudo e se recusou a obedecer o Oligarga, o qual deixou três anos de mandato em suas mãos. Mandou as favas as amarras e acordos e tratou de fazer muito melhor que o furação Maria Luiza. Ganhou o povo e elegeu quem quis e se reelegeu enquanto vivo esteve. Mas Izolda só tem, pensando bem, sete meses e não nove. Depois da eleição são dois meses para esvaziar as gavetas. Izolda tinha que ser uma super Mulher para fazer isso. Izolda está mesmo é em uma saia justa diante das suas reduzidas chances de deixar algum legado para a história das mulheres cearenses na política.
