O EMBARGADO

A escalada do divórcio entre USA e Brasil, iniciado desde a última campanha presidencial nos USA, onde Lula tomou posição clara ao lado da democrata Kamala Harris, fez eclodir uma guerra de narrativas das forças políticas que tentam imputar a irresponsabilidade pelo primeiro tapa a esquerda e a direita. Animada pela linha ideológica-editorial da grande mídia, a extrema-esquerda, se lixando para os massivos danos econômicos, saiu na frente na colagem da autoria desses danos na extrema-direita, representada pela família Bolsonaro. Contudo, resta claro que vem cabendo às redes sociais, atropelando as opiniões daquelas figuras que ancoram os telejornais, virarem esse jogo e colocar essa jaca podre cada vez mais no colo de Lula.

Sem qualquer zelo com uma análise isenta dos acontecimentos e condutas que levaram os USA a descer a borracha do embargo, sim, embargo, no Lula e em alguns juízes de um tribunal marcantemente de esquerda e desmoralizado, começamos a assistir esta semana uma verdadeira goleada das redes sociais na velha mídia, invariavelmente submetidas aos limites impostos pelas redações/sócios controladores. Aquela velha e deplorável postura dos comandos de “soltar os cachorros” ou “prender os cachorros”, conforme os interesses do dono do veículo de comunicação. “A manchete é comigo”, como determinavam alguns folclóricos escribas para seus funcionários.

Mas afinal, quem preside a cadeia de comando das posturas irresponsáveis que levaram o Brasil a ser embargado, sancionado e ser o maior tarifado do planeta? Resposta óbvia: LULA! Sem dúvida alguma, ele vinha colocando um tijolo sobre o outro até construir essa obra caótica para todos os brasileiros, mesmo para aqueles que acham que não possuem nenhuma relação com essa situação e que passarão ao largo desse imbróglio todo.

Quando verbalizava, como uma isca solitária dos BRICS, defendendo que as trocas internacionais deveriam abandonar o Dólar americano como moeda padrão, quando colocou o Brasil de mãos dadas com autocracias, ditaduras e de ultra radicais, como Irã, Rússia, Venezuela, China, Cuba, etc. Também quando resgatou em avião da FAB condenadas por corrupção no PERU, quando disse que não tinha medo da cara feia do Trump e que, debochando do presidente americano, gravou-se chupando jabuticaba e frescando com a cara dele, além de dizer que Trump pensa ser o imperador do mundo. Quando foi prestar presencialmente sua solidariedade à ex-presidente da Argentina condenada e presa por corrupção. O que Lula conseguiu com esse seu corolário de provocações, como devolutiva, foi um cruzado de direita bem no lado esquerdo do nosso queixo, desferido pelo peso pesado da maior potência democrática, econômica e militar do planeta. Resta agora a difícil tarefa de encontrar o desembargador capaz de desatar o nó do Lula no Brasil.

Como bem falou o Papa Francisco: “As ideologias e a pressão da mídia arruínam a realidade”.