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O Ceará Real, O Ceará Legal e O Ceará Governamental

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Em um passado recente o Governo do Estado afirmava que “O Futuro Chegou ao Ceará”. O incrível palanque de emoções, sem compromisso algum com a profundidade na análise dos efetivos impactos-benefícios dos “feitos relevantes” na economia, tenta transmitir a sensação de que nossas vidas estavam melhorando e que nosso Estado é a nova Califórnia das Américas. A única semelhança entre esses dois Estados de países Americanos é que ambos começam com “C” e terminam com “A”. Só isso!

Enquanto os indicadores sociais e econômicos explicitam retrocessos e estagnações, apresentando o Ceará como ambiente pouco competitivo para investir, produzir, trabalhar e passear o ufanismo de quem tenta administrar o Estado e a alienação quase geral tomam conta das propagandas e de alguns que preferem não fazer contas.

Quem conversa com investidores fora dos gabinetes sabe que nosso amado Ceará já está fora, há tempos, das suas programações de investimentos. Afirmam que a conversa na alta gerência é muito boa, gentil e diplomática, mas que as subjetividades da maçante burocracia da média e baixa gerência Estatal são sempre em desfavor dos negócios. É uma Licença que não sai, é uma infraestrutura prometida e não feita, é um embargo aqui outro acolá, é um Ministério Público que apavora, é um assalto ali e um assassinato aqui, etc. Ou seja, como eles dizem intramuros “doido é quem investe aqui”.

Tomemos o HUB Aéreo, ou como estão chamando, o HUBinho de 5 voos novos internacionais por semana. A TAP, desde de 2004, sempre teve 7 e hoje tem 6, com o total de passageiros desembarcados em Fortaleza. Ou seja, quase todos trafegam pelo Ceará, não apenas no Aeroporto. Consideremos uma Média de 1.200 desembarques/semana, sendo de 300 brasileiros retornando e 900 europeus chegando e partindo (estimativa otimista/Mtur/FIPE). Receita turística/Injeção na economia estimada em R$ 3.150.000,00/semana = R$ 12.600.000,00/mês = R$ 151.200.000,00/ANO. É isso o que o fluxo da TAP pulveriza no Ceará todos os anos, afora cargas.

Os cinco voos comprados da AIR FRANCE/KLM/GOL, ao custo de R$ 20 milhões/ano e bancados por todos os cearenses, em face de ser voo de conexão para outras capitais do Norte/Nordeste pulverizará bem menos. Cerca de R$ 69.000.000,00/ANO no Ceará (parâmetros bem otimistas, também do Mtur/FIPE). Importante? Óbvio! Mas nunca vi o Governo fazer tamanho carinho na TAP, na TACV, na CONDOR, AVIANCA, ou na MERIDIANA, que já nos deixou. Essas Aéreas internacionais oferecem hoje mais que o dobro dos novos voos recentemente anunciados.

Nós, cearenses, dentre tantas virtudes e poucos defeitos tempos um caracterizado por certo ufanismo de achar que somos o centro de conexões do mundo. Que sem fazer o dever de casa seremos adotados pelas forças de mercado em face do nosso amor a nossa terra e que essas forças suprirão nosso enorme gap econômico e atenuará nosso abismo social. Que sem gestão e profissionalismo vamos avançar diante das crescentes metas de inclusão social.

Por enquanto nossa única certeza é que em 2040 ou 2050 seremos os mesmos 2% da economia do Brasil e 4% da população. Ou seja, continuaremos a ser duas vezes mais pobres que a média dos demais brasileiros. Isso tudo por uma simples razão: nosso freio-de-mão puxado não é por falta de planos e planejamento, mas sim de fazimento.

Certo quem falou que gestão não é tudo mas é 100%. Alô, Ceará! Planeta Terra Chamando.

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Allan aguiar

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