Quando a péssima política devora a razão e a sensibilidade. Quem belisca aplaude e quem produz padece. 2021 começa em luto para o Trade Turístico de Fortaleza e de todo o Ceará. Todos perplexos com a mesmice de uma gestão já reprovada em Fortaleza, em uma pífia e partidarizada SETFOR e em uma moribunda e medíocre SETUR/CE, cuja gestão agora é coberta pelas páginas policiais. Para o Turismo não existirá Ano Novo mas sim mais um ano velho e doente, além de “mau e porcamente” gerenciado. 2021 será apenas mais um ano triste para os negócios turísticos onde as pernas do Ceará continuarão presas as duas bolas de ferro que impedem o Estado de evoluir na gestão pública do seu principal negócio e fator de inclusão social – O Turismo.
Só o anuncio do “mais do mesmo” já afastou , no primeiro dia do ano, algumas decisões importantes de investimentos no Estado e adiou outras em que os investidores sequer pedem reservas. Simplesmente não vão decidir nada. Com o Estado ocupando, no ranking de competitividade dos Estados, a posição 22 em Segurança Pública, 18 em Eficiência da Máquina Pública, 22 em Capital Humano, 19 em Potencial de mercado e 18 em Inovação, o Ceará foi riscado do mapa do investimento privado. Só nos resta devorar os parcos recursos do orçamento público do quarto Estado mais pobre do pobre Brasil.
Turbinando a mais devastadora crise que se tem notícia no mundo do Turismo, muito além do 11 de setembro, a Fortaleza do Ceará, atolada na armadilha da micro renda, conseguiu assustar ainda mais um ambiente de negócios que, atônito, busca recuperar perdas jamais vistas e provocadas pela Pandemia que persiste.
Vivendo apenas de nacos do mercado doméstico, ou seja, de reduzida parcela de turistas do próprio Brasil, Fortaleza assiste a derrocada do projeto de um HUB Aéreo que nunca decolou e, agora, com riscos preocupantes de perdermos quem sempre voou sem dinheiro público cearense: A TAP. Sim, a pandemia que assola também Portugal vem impondo um contexto muito ameaçador sobre o futuro da TAP Air Portugal. Já pensou Fortaleza ficar, após quase 20 anos, sem os voos diários da TAP que ligam a Europa e o mundo ao nosso Estado? As outras Aéreas do “HUB” voavam porque o Governo do Estado pagava. A TAP voa porque fez o mercado e rentabilizava seus voos.
Assim, entre o otimismo das polianas pagas e a aridez dos pessimistas de plantão seguem os realistas que precisam pagar seus boletos e impostos todos os dias e equilibrar suas empresas na corda bamba de um ambiente de negócios cada vez mais hostil e ameaçador. Enquanto o setor produtivo de Fortaleza/CE pede socorro ao seu próprio algoz, os incompetentes inconscientes seguem achando que estão a arrasar. Sim, seguirão arrasando até o futuro dos nossos filhos e netas ficarem totalmente comprometidos pela violência, pobreza e ignorância.
Definitivamente, tem coisas na vida que não valem a pena. Sendo assim, Feliz Ano Velho, minha velha e amada Fortaleza!