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A TERRA DA LUZ PRECISA BRILHAR

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As cenas de turistas arrastando suas malas pela faixa de gaza cearense, tentando acessar certo navio de cruzeiro que atracou no Mucuripe, amplamente divulgadas pelas redes sociais, causou repulsa em todos os que fazem o trade turístico não político, aquele que ainda não foi cooptado pelo governo para apoiá-lo de forma incondicional, em troca de cargos públicos. Como uma cidade litorânea, situada na esquina do continente sul-americano e voltada ao Atlântico, consegue impor a quem chega pelo mar tamanha humilhação e desrespeito, oferecendo uma infraestrutura acintosa, que beira o absurdo, pondo em risco a vida de quem transita pelas calçadas do mucuripe, o qual tem hoje como ícone os escombros do farol do Mucuripe, estampado na bandeira da cidade de Fortaleza.

Após desperdiçar 250 milhões de reais em um terminal marítimo de passageiros no porto do Mucuripe, mais uma herança improdutiva da administração Cid Gomes, o governo continua a submeter a capital do Ceará a uma condição dramática no receptivo dos cruzeiros que ainda ousam atracar por aqui.

Mesmo após gastar muitos milhões em uma nova beira-mar, impressiona o fato de Fortaleza não conseguir evoluir seus números turísticos e ainda assistir seus hotéis naufragarem diante da fraca demanda de brasileiros e estrangeiros, explicitando o vexame de um destino turístico outrora pujante, mas que perdeu por completo sua supremacia no mercado nordestino do turismo. Nem no modal aéreo, nem no marítimo consegue-se observar qualquer avanço na atividade turística da capital que, em face de sua característica natural de portão de entrada no Estado, vem atrapalhando os demais destinos do Ceará. As taxas médias de ocupação e o tarifário hoje praticados pelos meios de hospedagem são as provas cabais de que estamos no fundo do poço, e cavando-o.

Entre decapitações no IJF e a explosão do controle das facções criminosas em todos os redutos do estado, assiste-se a mais perniciosa administração que o turismo já viveu, seja no município ou no Estado. Considerando que em casa que falta pão todos brigam e ninguém tem razão, coube aos dois maiores responsáveis pelo caos instalado no setor público a tentativa de transferir a jaca podre para o colo do outro. Foram as redes sociais trocar farpas enquanto o povo padece de insegurança alimentar e a mendicância explode sob os olhares de todos. Quando não existe agenda nem gestão, mas tão somente politicagem para controle dos currais eleitorais, as estruturas não se entendem e as coisas não funcionam. Nem na saúde, educação, segurança e muito menos no desenvolvimento econômico, vital para a geração de postos de trabalho.

É fácil prever que esse quadro vai agravar, basta para tanto examinar a média dos currículos de muitos dos que estão ocupando cargos de livre provimento na prefeitura e no governo do Estado. A inaptidão é gritante e isso é muito grave. Encontrar algum profissional que aceite o desafio de ocupar posições de direção executiva na prefeitura ou no estado é algo muito pouco provável. O aparelhamento não permite a entrega de resultado efetivo algum. Como um comandante graduado vai conduzir seu avião com segurança com uma tripulação composta de correligionários do dono da companhia e que só fazem planfetar para ele junto aos passageiros famintos e atônitos?

O Ceará hoje atravessa o epicentro de uma falha geopolítica interna que vem produzindo o choque de placas tectônicas da velha guarda verborrágica que não admite o pijama imposto pelo povo e da “nova” política dos filhos do caudilho Lula que ignoram coisas como eficiência, resultados e metas. Essas placas nos fazem tremer à beira do abismo que separa a estagnação do nosso presente e o atraso do futuro dos nossos filhos e netos. Afinal, a geração sexagenária das atuais lideranças do nosso Ceará vai conseguir deixar, como legado, a péssima política, suas deletérias consequências e um quadro social de fazer corar a memória dos grandes cearenses que amaram esta terra.

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Allan aguiar

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