O turismo cearense colapsou. Os recentes dados publicados pelo Boletim BRAZTOA, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, indicam que os destinos turísticos cearenses perderam, como nunca antes visto, suas atratividades junto aos mercados emissores nacionais. A venda de pacotes turísticos para o Ceará se encontra em patamares que revelam com clareza a falência da gestão pública do setor que mais gerava postos de trabalho no Estado, em face da sua extensa cadeia produtiva.
A performance dos destinos turísticos nacionais e internacionais comercializados pelas diversas empresas de operação, agenciamento de viagens e representação de serviços turísticos do Brasil e compilados no referido boletim causou enorme perplexidade ao trade turístico cearense. Nenhum, exatamente isso, nenhum destino dentro do Ceará aparece no ranking dos mais demandados pelos brasileiros que viajam. Os números apontam que o mercado doméstico não quer mais comprar o Ceará, enquanto destino turístico.
Examinando o primeiro semestre, Maceió aparece na liderança, seguido de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto de Galinhas e Porto Seguro e, partilhando a quinta colocação, Gramado e Natal. Olhando apenas para o ranking das férias de julho passado, Maceió também lidera, seguido de Gramado, São Paulo e Porto de Galinhas, Salvador e Porto Seguro e, fechando a lista, Natal e Rio de Janeiro.
Os agregados turísticos da Associação BRAZTOA também trazem os destinos turísticos emergentes no primeiro semestre e os das férias de julho/25. Brasília, Foz de Iguaçu, Bonito e Manaus estão em primeiro lugar, e Lençóis Maranhenses e João Pessoa, em segundo, nesta ordem, ocupam as posições no primeiro semestre. Quanto aos destinos turísticos emergentes das férias de julho passado, Foz do Iguaçu, Brasília, Lençóis Maranhenses e Fernando de Noronha foram as estrelas da temporada. O estudo traz ainda o otimismo das operadoras com os resultados alcançados no período, em que 81% avaliaram o semestre como positivo e 35% com crescimento das vendas.
Esse triste quadro é o fundamento da onda de fechamento de hotéis, do declínio turístico da beira-mar, da falência consolidada da Monsenhor Tabosa, do ocaso da Praia do Futuro e da enorme crise dos operadores receptivos cearenses. Sem falar no estrago que a falta dos turistas faz na saúde financeira do setor de bares e restaurantes. Plantaram vento e eventos e colhemos essa tempestade perfeita.

Uma resposta
Apartir outubro de 2024 percebi o declínio pois os prejuizos são estarrecedores partindo também do setor de aluguéis de aps p temporada!
O turista que nos visita hoje !
Fica na esquina disputando o famoso espetim e o pratim !
A que ponto chegamos !